Com as mudanças da Reforma Tributária se aproximando, muitos empresários se perguntam: qual regime tributário será mais vantajoso a partir de 2026? A resposta depende de fatores como faturamento, margem de lucro, setor de atuação e, agora, também das regras da CBS e do IBS.
Neste artigo, vamos ajudar você a entender as diferenças entre os regimes, os impactos esperados para 2026 e como se planejar ainda em 2025 para fazer a escolha mais estratégica.
Por que pensar nisso agora?
A escolha do regime tributário ocorre no início do ano-calendário, mas a preparação deve começar meses antes. Isso porque mudanças de regime exigem revisão de contratos, precificação, sistemas, obrigações acessórias e — principalmente — planejamento financeiro.
Além disso, a Reforma Tributária, com previsão de implementação gradual entre 2026 e 2033, trará novos elementos à equação: CBS (tributo federal) e IBS (tributo estadual/municipal). Entender como essas mudanças impactam cada regime é fundamental.
Entendendo os regimes tributários
✅ Simples Nacional
Voltado para micro e pequenas empresas, o Simples Nacional unifica tributos federais, estaduais e municipais em uma só guia. É simples de calcular, mas nem sempre é o mais barato.
Vantagens:
- Apuração facilitada
- Carga tributária reduzida em alguns casos
- Menor burocracia
Desvantagens:
- Alíquotas crescentes conforme o faturamento
- Limites de receita (R$ 4,8 milhões/ano)
- Algumas atividades são vedadas
ATENÇÃO EM 2026: Empresas que prestam serviços de mão de obra, por exemplo, podem ter restrições para continuar no Simples — principalmente após as alterações fiscais da Reforma.
✅ Lucro Presumido
Ideal para empresas com margem de lucro alta e poucos custos operacionais.
Vantagens:
- Base de cálculo presumida (dispensa escrituração contábil detalhada)
- Alíquotas fixas e previsíveis
- Boa opção para prestadores de serviço
Desvantagens:
- Pode ser menos vantajoso para empresas com margens de lucro baixas
- Sem compensação de prejuízos
Cuidado: Muitos empresários acreditam que o Lucro Presumido sempre será vantajoso, mas sem análise contábil, essa escolha pode gerar pagamento de tributos acima do necessário.
✅ Lucro Real
Obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões ou atividades específicas, mas também pode ser escolhido de forma estratégica.
Vantagens:
- Base de cálculo real (com deduções e compensações)
- Permite aproveitamento de prejuízos fiscais
- Indicado para empresas com margens reduzidas ou prejuízo temporário
Desvantagens:
- Apuração mais complexa
- Maior risco de autuações fiscais se houver erros
- Exige escrituração contábil completa
Em 2026, com o novo sistema de apuração da CBS e IBS, a integração de créditos e o detalhamento das obrigações pode se alinhar melhor ao modelo de controle do Lucro Real.
E com a Reforma Tributária?
A implementação da CBS e do IBS trará novos parâmetros de cálculo e escrituração. Mesmo empresas que permanecem no Simples poderão sentir impactos — principalmente se optarem por ser Simples Parcial ou Simples Integral.
Além disso, atividades que envolvem prestação de serviços com cessão de mão de obra devem ter atenção especial: nem todas serão compatíveis com o Simples Nacional ou com alíquotas reduzidas.
O que considerar para escolher o melhor regime?
- Faturamento bruto anual
- Margem de lucro real
- Tipo de atividade (comércio, serviço, indústria)
- Número de funcionários e encargos trabalhistas
- Regras específicas para sua atividade após a Reforma Tributária
- Expectativa de crescimento ou retração em 2026
A escolha do regime é estratégica
Não existe uma resposta única. O melhor regime tributário para 2026 depende da realidade e projeções da sua empresa. Por isso, o segundo semestre de 2025 é o momento ideal para revisar dados, simular cenários e antecipar decisões.
Na Paiva & Paiva Associados, já estamos preparando nossos clientes com diagnósticos personalizados para que a escolha do regime em 2026 seja feita com segurança, clareza e economia.
About the author